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Discalculia - muitas vezes parceira da dislexia


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A discalculia, bem como a dislexia, é um transtorno neurobiológico de aprendizado, que dificulta o entendimento das questões relacionadas aos conceitos matemáticos.

Ela se caracteriza por dificuldades de entender conceitos de valor, quantidade e números, sequenciar eventos, lidar com dinheiro, usar todos os passos envolvidos nas operações matemáticas, uso da tabuada, não saber usar as frações, não reconhecer padrões de adição, divisão, assim como é difícil entender conceitos relacionados a tempo, como contar dias, semanas, meses.

Segundo a Associação Britânica de Dislexia, de 3 a 6% da população tem discalculia, um número pouca coisa menor que o de disléxico, no entanto estudos indicam uma alta comorbidade com a dislexia.

Cerca de 43 a 65% dos disléxicos tem também discalculia, trazendo uma dificuldade adicional na etapa escolar dos mesmos, sendo mais difícil encontrarmos alguém que tenha apenas discalculia (embora seja possível).

Da mesma forma que na dislexia, o diagnóstico deve ser feito por equipe multidisciplinar, e deve excluir outras possibilidades para a dificuldade de aprendizado da matemática.

Quando a criança tem discalculia, a escola pode auxiliar, entendendo que o uso de calculadora e tabuada escrita são necessários para que a criança consiga acompanhar o conteúdo.

A escola pode também adotar o uso de caderno quadriculado, mecanismos visuais para resolução de problemas, avaliações orais e não sobrecarregar o aluno com tarefas de casa.

Os principais indicativos da discalculia são:

Idade pré-escolar:

  • Dificuldade em dividir objetos por categoria

  • Não compreender conceitos de “mais que” e “menos que”

  • Dificuldade de associar cada número a um objeto

  • Dificuldade em ordenar objetos pelo tamanho

  • Demorar a aprender a contar até 10

Idade escolar (ensino fundamental):

  • Dificuldade em determinar corretamente quantidades sem fazer contas

  • Não compreender as relações de ordem (maior e menor)

  • Dificuldade para realizar somas e subtrações simples

  • Começar sempre a partir do 1 para adicionar números

  • Não associar o número à sua representação gráfica

  • Não contar de modo automático

  • Dificuldade em contagens complexas (de 2 em 2, 5 em 5, 10 em 10, etc)

  • Não perceber a sequência estável dos números

  • Não reconhecer que o número de objetos é sempre o mesmo independente do lugar que estejam

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