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Meu filho foi diagnosticado com dislexia. O que fazer?


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Antes de tudo é super importante entender que ter dislexia pode complicar a vida escolar, dificultando a leitura e escrita, mas que também traz grandes vantagens de raciocínio e habilidades.

Os disléxicos costumam ter uma forte habilidade criativa, raciocínio interconectado, visão ampla tanto para problemas como para objetos, etc.

Por isso, a intervenção, normalmente conduzida por fonoaudiólogo e psicopedagogo nesse início de vida escolar é fundamental para que barreiras sejam superadas e as habilidades possam florescer.

Mas os pais também podem e devem ajudar nesse processo, e por isso, aqui vão algumas dicas importantes:

1. Não se desespere, seu filho precisa perceber que é inteligente e capaz, sua dislexia o atrapalha em algumas coisas, mas facilita outras. Dê o exemplo de alguém que gosta de correr mas tem pernas curtas, isso não quer dizer que ele não possa correr, apenas seu biotipo torna essa atividade mais desafiadora quando se quer ganhar velocidade.

2. O disléxico tem uma dificuldade em relacionar fonema e grafema, isso quer dizer a grosso modo, uma dificuldade em relacionar som e escrita. Por isso todo jogo, aplicativo, brincadeira que incentive essa conexão, sem colocar pressão sobre a criança, são bem vindos.

3. Conheça cada etapa, descubra as características, se informe.

4. Para cada atividade que vocês irão fazer, pense “qual é a zona de competência?”, assim você pode tentar fortalecer os pontos fortes, onde seu filho se desenvolve bem.

5. As coisas têm seu tempo, não dá para fazer tudo de uma vez, a dislexia permanece por toda a vida, com suas características boas e difíceis, o importante é ir bolando estratégias, criando formas e caminhos para que ela não seja (e não deve ser) limitadora.

6. Torne tudo mais visual, abuse de cores, imagens, formas; isso ajuda muito ao disléxico para memorizar e se organizar em relação aos conteúdos.

7. Não peça o que não é possível. Ninguém pede a um bebê para usar garfo e faca; não peça leituras em voz alta, se seu filho ainda não está pronto, não exija que leia textos longos se ele não consegue reter o conteúdo. Nesses casos, ajude.

8. Quando usar uma palavra mais complexa, ou falando ou em um texto, explique primeiro.

9. Use os aplicativos que estão disponíveis hoje em dia e que facilitam a vida de quem tem dislexia.

10. Esteja atento às situações que podem gerar embaraço ou desconforto. Evite ou prepare seu filho para elas.

Torne essa etapa o mais leve possível para que seu filho possa manter uma boa autoestima e se desenvolva de forma plena.

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